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Polícia prende suspeito de matar membros do MST em ataque a assentamento

Polícia prende suspeito de matar membros do MST em ataque a assentamento

Polícia prende suspeito de matar membros do MST em ataque a assentamento

A Polícia Civil de São Paulo prendeu, na tarde de sábado (12/1), um dos suspeitos de envolvimento no assassinato de duas pessoas em um assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), localizado em Tremembé, no interior do Estado.

O assentamento Olga Benário, situado a cerca de 140 quilômetros da capital paulista, foi alvo de um ataque realizado por aproximadamente 10 homens, conforme relato do MST. Os crimes ocorreram na noite de sexta-feira (10/1), no assentamento Olga Benário, na Estrada Canegal, por volta das 23 horas.

De acordo com informações do MST, as vítimas foram identificadas como Valdir do Nascimento, conhecido como Valdirzão, de 52 anos, e Gleison Barbosa de Carvalho, de 28 anos. Nascimento era uma das lideranças do assentamento. Além dos dois mortos, outras seis pessoas ficaram feridas e precisaram ser encaminhadas a hospitais da região.

A Polícia Civil informou que o suspeito preso é identificado como Nero do Piseiro, já conhecido no meio policial por uma passagem por porte ilegal de arma de fogo. Ele é apontado como o mentor intelectual do crime. Testemunhas que estavam no local do ataque reconheceram o detido, que teria chegado ao assentamento acompanhado de outros criminosos em cinco carros e duas motos.

O caso foi registrado na Delegacia Seccional de Taubaté como homicídio, tentativa de homicídio e porte ilegal de arma de fogo. A investigação está sendo conduzida pela Delegacia Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Taubaté, que segue a linha de que os crimes podem estar ligados a uma disputa por terras na área do assentamento.

O MST aponta que a área onde o assentamento está localizado desperta grande interesse imobiliário, principalmente devido à sua proximidade com o Vale do Paraíba, uma região estratégica para o turismo de lazer. O movimento denuncia que, há anos, as famílias que vivem no Olga Benário têm enfrentado ameaças e pressões de especuladores imobiliários.

Em nota, o MST afirmou que, apesar de diversas denúncias feitas aos órgãos estaduais e federais, a segurança e a permanência das famílias no território não têm sido adequadamente garantidas.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública determinou no sábado à Polícia Federal a instauração de um inquérito para investigar o ataque. Agentes da PF, junto com peritos e papiloscopistas, já foram deslocados para Tremembé para dar andamento às apurações.

Fonte do artigo:prêmios lotomania